CASIMIRA QUIETINHA

CASIMIRA QUIETINHA

Depois do premiado nacionalmente espetáculo “Apareceu a Margarida” o grupo Mosay de Teatro busca sua guinada pelo gás da empolgação; a inspiração em montar seu próximo trabalho num corpo mais técnico e de plasticidade cênica. Para isso, optou por beber das fontes nordestinas e da confiança dramatúrgica de raízes de casa. Casimira Quietinha foi o texto escolhido, uma comédia romântica com farsa, prosa e uma suada luta por beijos. O texto escolhido foi premiado no Concurso “Novos Autores”; promovido pela Fundação Monsenhor Chaves como o melhor texto de teatro. De autoria do dramaturgo Waldílio Siso, foi alvo de montagem para alguns grupos de Teresina e agora é mote de aposta de sucesso por um elenco de quatro atores profissionais e direção ousada e pitoresca de Avelar Amorim.

Casimira é uma adolescente de 12 anos que habita algum lugar fora da nossa contemporaneidade nos cafundós nordestinos de um tempo quase surreal. A donzela é cortejada insistentemente por Benjamim, um rapaz de 19 anos que a encontra por consequência do destino em sua pacata vida cotidiana do interior. Depois de muita insistência a menina parece ceder os galanteios do “caboquinho” apaixonado. O romance poderia seguir naturalmente se não fosse o controle das redias do rude e grosseiro Zé Mourão, pai de Casimira que descobre o que seria o início do romance num ato do encontro as escondidas do casal de baixo de pés de pequis. A partir daí persiste o impasse em tom e tempo de muita comédia na tentativa do desenrolar da farsa. Casimira usa máscara de quietinha perante o temido pai, mas deixa transparecer corpo, voz e intenção do cinismo a perversidade quando expõe garras da persona impura camuflada e personificada. Mas é com apoio de uma figura kit e caricata de um delegado que a farsa se desembaraça em baixo de muito jogo de corpo, pedaladas de bicicleta e formas animadas de plásticos-bolhas.  A farsa em prosa e versos rimados suspira a estrutura de pura carpintaria dramatúrgica da comédia e do repente. Trazendo o imaginário de figuras de uma composição de xilogravura. A escolha do elenco foi pensada por esse viés, com atores de excelente domínio cênico do tempo da comédia, com a premiada atriz Edithe Rosa interprete de Casimira, Eristóteles Pegado como Benjamim, Roger Ribeiro como Zé Mourão e Alex Zantelli que interpreta o Delegado. Cada elemento cênico foi cuidadosamente escolhido na busca de uma unidade plástica da farsa teatral. A cenografia é assinada pelo também diretor do espetáculo Avelar Amorim; a trilha sonora foi ricamente composta exclusivamente para o espetáculo pelo músico Avelange Amorim, o figurino é uma parceria entre Avelar e Edithe Rosa, a maquilagem pesquisada e executa por Silmara Silva e iluminação de Pablo Erickson.



FICHA TÉCNICA:
DIREÇÃO: AVELAR AMORIM
LUZ: PABLO ERICKSON
SOM: AVELAR AMORIM
MAQUIAGEM: SILMARA SILVA

ELENCO E PERSONAGEM
EDITHE ROSA = CASIMIRA
ERISTÓTELES PEGADO = BENJAMIM
ROGER RIBEIRO = ZÉ MOURÃO
ALEX ZANTELI = DELEGADO

GRUPO MOSAY DE TEATRO
86-99994-5283


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